Uirapuru

Nem de longe és o grande amor da minha vida!

Apenas, ingrata, te tornastes a minha mulher...

Canto que me encantou e com a alma remexida,

Entreguei-me por inteiro, disfarço o que tu quer!

Nesta minha vil floresta de sonhos e desilusões,

És o motivo cruel das minhas angustias e dores!

Mas, fui o culpado, de te escutar até nas visões...

Te ofereci meu coração... Te entregavas flores!

Mas nunca me imaginei encontrando amores...

Entre mil pássaros joviais em árvores altaneiras,

E o olhar atento, arisco, nas flores multicolores!

Oh! Uirapuru de minha triste solidão sem fim!...

Trazei de volta, eu suplico, este amor pra mim!

Só ele preenche no meu coração estas clareiras!