Lodo

Primeiro me abraçaste fortemente

como quem diz "eu te amo tanto, tanto..."

Depois sorriste alegre para mim,

tentando afugentar meu punge pranto.

Tu viste o meu olhar triste, carente

encobrindo a minha alma com um manto,

claro que inutilmente, pois, enfim

disseste-me sorrindo, sem espanto:

- Não chores mais poeta sem ninguém,

porque hoje mudarás seu cativeiro.

E eu sonhei alegria alva de além.

Basta! Que o desleal Passarinheiro

fez de ti a cascavel que mata sem

remorso de apagar-me por inteiro!

19/02/2013 11h05

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 20/02/2013
Código do texto: T4149967
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