Para Gregório de Matos

Por entre a procela em torpe oceano

Jaz a areia sáfia do engodo e preguiça

Jaz o moribundo em uma cova alagadiça,

Que o senhor edificou para herege profano.

A carne é pouco, sedento, louco e urbano,

E morre à mercê dos chacais feito carniça,

De uma velha insípida em igreja mestiça,

Em seus rituais lúgubres durante o ano.

As mulheres áulicas com barrigas rasgadas

Olhar absorto insano e sem prudência

Com seus pecados numa vil demência.

Mas a culpa em sua torpe reverência

Nos andrajos que cobrem estas safadas

Nas rodas da vida em sua má experiência.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 16/03/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T415015
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