DILÚVIO

Desabai, céus turvos, sobre meu rancor...

Tormentas atinjam minha vã saudade,

Cataclismos matem desgraçado Amor,

Meça a minha inércia toda a eternidade...

Minhas cicatrizes lembrem o agressor,

Sua covardia e sua crueldade...

E que eu nunca mais ressinta aquela dor...

Céus turvos da minha angústia e tempestade...

Ah, eu sofro tanto... Suicida vivo...

No sono intranqüilo um sonhar subjetivo,

No dia infinito a revolta latente...

Chovei, oh céus turvos, sobre o desconforto...

Pois meu coração traído será morto

Caso não me venha a chuva... Eternamente...

Maurilo Rezende
Enviado por Maurilo Rezende em 23/02/2013
Código do texto: T4155092
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.