Soneto do Abandono

Carrego comigo uma alma sem paz,

Já fatigada da triste amargura

E desta maldita dor que é tão pura

Que o inferno à minha vida ela traz

Estou perdido e não tenho um passado

Só existem pedaços de quem eu fui

E hoje em minh'alma somente flui

A fúria de um rancor não controlado

E agora, já no fim da caminhada,

Prestes a ausentar-me deste mundo:

Minha existência é igual a nada

Sou somente um poeta moribundo

Abandonado no meio da estrada

Que leva ao niilismo profundo

Edimar Silva
Enviado por Edimar Silva em 23/02/2013
Código do texto: T4155998
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