Relicário

Quando a vida se apraz em ser tortuosa

No coração, subtraindo um relicário,

O que fica é um manto mortuário,

Cobrindo a dor que avança vagarosa.

A alma chora entre as contas dos rosários,

Caminha por estradas tenebrosas,

Colhendo espinhos ao invés de rosas;

De joelhos, sucumbindo aos santuários.

Quando as respostas são todas obscuras,

Ficam as noites sombrias e escuras,

Mesmo que os anjos nos queiram dizê-las.

O corpo agita-se em franca abstinência

Daquele amor, que é sempre, em essência,

A luz que a escuridão quer das estrelas.

Gigio Jr – (Poemas da Chuva – 2013)

GigioJr
Enviado por GigioJr em 23/02/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4156284
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