No acaso do ocaso

A tarde desce e no infinito
noto os riscos do sol e pasmo
Nuances de ouro bem bonito
Fico em êxtase, me entusiasmo

Espero a noite cheia de estrelas
Enquanto no tempo a vida corre
Eu quero senti-la, quero vê-las
Nos instantes que em minuto morre.

O vento suave vem nesse momento
Com seus sussurros me embala
Beija o meu pescoço e me arrepia

Como se lesse meu pensamento
Deixando-me quase sem a fala
Traz alento tal qual um anjo de guia.

####################

SOBRE O BELO MAR.

Sobre o belo mar o sol e seus encantos,
E nem parece o mortuário matutino,
Vai sumindo nos deixando o acalanto,
Deste dia que nos trouxe a luz Divina.

Recebe o leme uma outra constelação,
Dependentes deste astro que hora se vai,
Mais empresta sua luz aos navegantes,
Que pontificam um céu azul e a brilhar.

Brisas passantes acariciam nossa face,
Deixando fresca inda aveludada pele,
Apaixonantes nem preciso o disfarce.

Contida noite redundante e confeiteira,
Nos traz a boca um melado de caramelo,
Ao nosso amor os astros são alcoviteiros.


Boa noite Fátima, seus versos narram uma linda cena de sublimação homem/natureza, parabéns pelo seu contagiante soneto, um grande abraço, MJ.

Obrigada Miguel pela sua preciosa interação.abraços!


Fatima Galdino
Enviado por Fatima Galdino em 28/02/2013
Reeditado em 28/02/2013
Código do texto: T4164637
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.