Soneto para a luz de uma fada

Quando a noite da saudade chega e cobre

O horizonte de minh’alma enamorada

Parto afoito procurando a linda fada

Que faísca feito veio de ouro nobre.

Caço a luz de um pirilampo. Transtornado,

Sigo o brilho de um cometa sob o céu

Ganho a negra madrugada, vago ao léu.

Sem lograr achar o rosto iluminado.

Pois, és tu essa entidade reluzente

Que, aflito, penso ver no fosco lume

De uma estrela desbotada e decadente?

Eu não creio! Já que fada benfazeja

Tem na Luz mais do que luz, tem bom perfume

Que meu coração de cão do amor fareja.

Orpheus
Enviado por Orpheus em 17/03/2007
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