DEU BRANCO

Deu branco bem na hora de afirmar

O não sei quê deveras aguardado

Ficaram todos a se entreolhar

Esperando o desfecho não falado.

Sem graça começou a gaguejar

Num instante já estava bem corado

O outro personagem quis chorar

Sentindo-se qual bobo ali plantado.

Acontece, (alguém disse) a gente espera.

Silêncio tomou conta do ambiente

Minuto parecia eternidade.

-Lembrei! Disse por fim, a fala era:

Aceito esposá-la eternamente...

E riram na maior felicidade.

Grato, maravilhosa interação:

MEU NOIVO NERVOSO

Pouco importa que tenha dado branco

Na hora de pedir-me em casamento

Nem me importa ser um pedido manco

Desde sempre tens meu consentimento...

Todos sabiam do esforço que era feito

Pois conheciam tua dificuldade

E perdoar-te por seres desse jeito

Todos puderam, pois me amas de verdade!

Foi grande prova de amor e te confesso

Que jamais imaginava que esse gesto

Pudesse acontecer. -Sem brincadeira!-

Por isso nada a desculpar, apenas peço

Que mantenhas esse amor que aqui atesto

Que eu amar-te-ei a vida inteira!

(Ângela Faria de Paula Lima)

Outra linda interação com uma pitada de humor:

Não te apoquentes se a memória falhou

Se na hora aquela, esqueceste a fala

O padre de olho no vinho, nem notou

Nem o sogro, que só pensa se livrar da mala...

Se a garganta secou e a língua travou

E o vermelhão se instalou na cara

Se a noiva no altar, quase desmaiou

E a sogra gritou: Continua...não para...

Não te preocupes, não foste o primeiro

Que no altar dá vexame...’amarela’

Com medo das algemas e do cativeiro...

Sossega, por enquanto não abre o berreiro

Só te aflijas se na hora aquela

A flecha não dispara...falha o arqueiro!

(Ania)

Kid verso
Enviado por Kid verso em 04/03/2013
Reeditado em 05/03/2013
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