Vestido


Brancas pernas, convite tentador;
E as morenas pernas, irresistíveis.
Peles macias, delicadas, firmes.
Desejo de qualquer ser amador.

Mulher de vestido é como uma flor.
Rodado pano tal pétalas livres
Que encantam rostos e faces invisíveis,
Sedas suaves onde o corpo pôr.

Folgue bem a cintura e cair deixe,
Correndo então pelo seu dorso o feixe,
Nesta terra mundana o seu vestido.

E me mostre seu corpo desfolhado,
Sem pétalas, embebido de orvalho,
E verei a flor que perfuma meu destino.

     
in.: MORAES, Márcio Adriano Silva. Via Crucis. São Paulo: Expressão e Arte, 2007, p. 31.

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