AO DORMIR

Ao dormir sinto um pouco da morte;

Ensaiando o deitar no meu caixão,

Sei que não vejo nada, nem a sorte

Que me roubara, um dia, a escuridão.

Nada deixo, nada fica, nem consorte,

Nem amor, mas sim, um ódio vão,

Um mundo que não me dá suporte;

Tantas lacunas e pouca exatidão.

Ó agente que o corpo embalsama,

Que dia a dor me deixará? Em breve?

Pois a todos a sombria morte chama.

Ledo queria, eu, que fosse agora,

Um solavanco ou um sopro longo e leve,

Oxalá que fosse esta a hora!

19/03/2013

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 20/03/2013
Reeditado em 14/06/2017
Código do texto: T4199028
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