MORTE

MORTE

À noitinha eternos campos etéreos

Cimérios grifos, tais águias oscilam

Vagamundos coveiros vãos oscitam

Vorazes leões, sequazes cinéreos

No crepúsculo da noite, orvalhado

Ouço risos de um balordo irrisão

Vem trazendo-me as rosas da ilusão

Lindura que a Morte postula em fado

Mais um indigente só e sonhador!

A vacância preenche alcovas - Luz!

Com seu terno objurgando minha grife!

Vagabundo, vagamundo, andador...

No ornato que a noite linda conduz

Padre Nosso! - Lá vai mais um esquife!

jairomellis
Enviado por jairomellis em 22/03/2007
Código do texto: T421995
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.