Soneto do silêncio.

O silêncio é o fio da navalha,

que corta os desejos da alma,

sem pressa, e contínua batalha,

vai destruindo, com eficiente calma.

O coração que o silêncio abriga,

bate, apanha ,sem poder externar,

sem ter uma decisão, cultiva a briga,

espera o momento de reconciliar.

No canto escuro ,sob o clarão do dia,

no peito pulsa uma alma arredia,

algemada pela profana indecisão.

Mas o que fazer se o silêncio é morte?

sofre o coração a espera da sorte,

mas do amor perdido só desilusão .

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 02/04/2013
Código do texto: T4220194
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