FELICIDADE ADJETIVA

Não quero falar da minha saudade
Doces ternuras, quais vãs ilusões
Eu quero a vida vertendo em meu sangue
Quero o meu sangue sorvendo as paixões

Nestas hipérboles de amor sem fim
Qual coteja este ódio calculado
Quem és tu, felicidade adjetiva
Com seu triste ardor, sombrio cultivado?

Eu partirei para longe, mui longe
Amarei tal vida num fátuo ínterim
Mas à vil morte direi já cansado...

Desgraçada! Condigno é estar já morto...
Pois se cá vivo o veneno da sorte
É porque quero a vida e vivo absorto
jairomellis
Enviado por jairomellis em 22/03/2007
Reeditado em 22/03/2007
Código do texto: T422061
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