A primeira gota de chuva do sertão selou o conluio entre deus e os coronéis.
(Herculano Alencar)
Assim reza a cartilha
E morre a vaca, o boi, morre cabrito...
a rola, o azulão, a cascavel...
e o verso recém-nato de um cordel,
que nunca deveria ser escrito.
E morre de tristeza o menestrel,
enquanto a boca muda mata o grito
e a sede roga a deus, em tom contrito,
à espera que orvalhe lá no céu.
E morre a juriti, morre o xexéu,
enquanto, nos jardins do coronel,
a rosa faz do belo o seu escudo.
E deus, que ama a rosa, o azulão,
a juriti, a rola, o sertão...
assunta o coronel e fica mudo.
(Herculano Alencar)
Assim reza a cartilha
E morre a vaca, o boi, morre cabrito...
a rola, o azulão, a cascavel...
e o verso recém-nato de um cordel,
que nunca deveria ser escrito.
E morre de tristeza o menestrel,
enquanto a boca muda mata o grito
e a sede roga a deus, em tom contrito,
à espera que orvalhe lá no céu.
E morre a juriti, morre o xexéu,
enquanto, nos jardins do coronel,
a rosa faz do belo o seu escudo.
E deus, que ama a rosa, o azulão,
a juriti, a rola, o sertão...
assunta o coronel e fica mudo.