DEIXA, EU AMO POR NÓS DOIS.
Te dei meu coração, a casa é tua,
não sei por que não entras de uma vez,
meu peito acarpetou da entrada à rua,
forrou todo interior com maciez.
Espero olhando o céu, olhando a lua,
me envolvo em noites árabes, não vês?
Minha alma para ti se entrega nua,
e finjo-me de cego e com surdez.
Eu sofro porque sou sentimental,
assim me contamino com os sonhos,
mas sei que o teu amor não é igual.
Talvez me aches tolo, até bisonho...
talvez eu seja mesmo, não faz mal,
aceito o que me dás com ar risonho.