Toda noite
Toda noite
Toda noite escuto maravilhas
em silêncio em minha alma em versos.
Toda noite esqueço de conciliar
inversos gritantes, absolutos.
Toda noite invento pesadelos
calados, reais, sempre perversos.
Toda noite descubro teus sonhos
em sonhos, insondáveis devaneios.
Toda noite eu penso em escrever-te
em letras garrafais, homéricas,
em cores berrantes, impossíveis
em dialetos remotos, palavras
inéditas e inauditas, tanto
para poetas quanto para amantes.