Taverna Sombria

Na visão da lua macilenta

que se põe na alcova do amanhecer

nas noites de viração me ponho a tremer

esperando a morte certa que chega lenta

Vivo como um boêmio a espreita, sozinho

passando por tavernas sombrias e aterrorizantes

dormindo em meio a coxas aconchegantes

inalando fumaça e solvendo vinho

Passeando entre os ébrios e a podridão

por entre a embriaguez e a miséria

destinado a viver sem ela na solidão

Que perdição seria dos meus desígnios

se a minha juventude se encerrasse em uma hora incerta

me restaria apenas um corpo inerte sofrendo os seus delíquios

Kaynne
Enviado por Kaynne em 26/04/2013
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