Um Desenho Delirante

Este duende banal tem somente o ultraje,

A vertir-lhe a carne nua em caricato banal

Um espantoso dilema legado ao animal

Sua esposa e dona veste um belo traje.

Com ele num tempo estático num vernissage,

A delirar pelas ruas como um neanderthal

Cavalgando a loucura rumo ao espaço seminal

Pisando o azul do empíreo em um findo ultraje.

O cavalo passa num gatope que espande

Sobre as nuvens do sonho o corcel insulta,

E percorre o pesadelo do rei que prende.

A colossal e frígida necrópole que resulta

No descanso da treva sem sol que desprende

A luz que existiu no velho mundo da vil inculta.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 26/03/2007
Código do texto: T426132