ANOMALIA

ANOMALIA

(Carlos Celso Uchôa Cavalcante=29/abril/2013)

Cedinho quando desperto e permaneço no leito

Sinto lá dentro do peito um grande portão aberto

Aos pensamentos me oferto e em alguns me deleito

Mas não concluo proveito tudo aquilo é incerto.

São devaneios que a vida oferece sem cobrar

Fazendo-nos recordar uma trajetória ida

Às vezes quase esquecida na memória a vagar

Insistindo em habitar onde não tem mais guarida.

Levanto-me e atento vou buscar transparecer

Das lembranças esquecer indo de encontro ao vento

Sinto a brisa como alento e assim consigo esquecer.

Finjo estar entretido com afazeres do dia

Mas estando à nostalgia o meu ser submetido

De nada estou esquecido chamo a isso anomalia.

(3o. pág. 68)