SONETO DA MARGINALIDADE.

Vi com dor a real vida,

na face de uma infante,

que no sorriso inocente,

não registra agrura sofrida.

Na grande artéria em fogo,

o progresso passa ligeiro,

naquele rostinho lisongeiro,

a matriarca lhe nega afago.

A quem imputar a culpa,

ao vicio,ou a sociedade,

ou a sofrida vida na cidade?

Mas de uma mãe alcoolizada,

que a pobre infante condena,

não apaga o sorriso da pequena.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 30/04/2013
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