MATER MARIA

Entre nuvens negras devassas

A lua cândida, cheia de graça

Com vestes de rainha espiava

as trevas daquel’alma a gritar

E havia tanta tristeza e amargura

D’alma sem viço escorria loucura

Não ressuscitaria o coração a lua

Já morto, seco, aos cacos no chão

Entre anjos e estrelas sem véu

a piedosa virgem em seu canto

deu vida nova ao velho coração

E a lua lívida, cheia de comoção

escondeu-se no sagrado manto

cedeu lugar à luz da mãe do céu.

Benvinda Palma

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 03/05/2013
Reeditado em 05/05/2013
Código do texto: T4272647
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