SONETO DO DESPERTAR DO POETA.

Num estado de puro torpor,

de cegueira e de boa viagem,

pequei papel, caneta e amor,

contemplei por sentido a paisagem.

Na mão que amassa o pão,a pena,

no coração que ama, o poeta,

nos olhos que brilham a sena,

pra minha alma ver-se quieta.

As palavras chegaram vestidas,

de amadura e com investidas ,

sem fugir de seu esquema.

Que os versos se fez incautos,

de tal forma infringe os autos,

que acordei dentro do poema.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 12/05/2013
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