SONETO DA REVELAÇÃO DO SER ANIMAL,

Em ti, viajo, na noite longa, silenciosa,

como uma abelha na flor,detrás do vidro,

meus desejos,se faz arma quente,belicosa,

que meu ser racional,perde-se no meandro.

Nesta hora,olhos só vê,curvas derrapantes,

animal que habita o ser,do cárcere é liberto,

faz o brilho dos olhos, lívidos reluzentes,

que do sonho acordado, me desperto.

Sinto tão grande,minha óbvia pequenez,

que meus olhos culpo,de tal pecado,

e se perdoado for desse ato indelicado.

Liberto-me de vez, dessa insensatez,

deixo-me de viajar e, sonhar acordado,

para redimir,do ato insignificante delatado.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 13/05/2013
Código do texto: T4289325
Classificação de conteúdo: seguro