VELHO MENINO
Ainda sou um menino,
Rindo da vida e sonhando;
Um menino que, brincando,
Ri do seu próprio destino;
Ainda vivo voando...
O Mesmo Ícaro traquino,
Que o sol do amor vespertino,
Ainda acaba derrubando;
Ainda brinco de esconde,
Mas com a morte agora,
Que me achará não sei onde.
Quanto à idade que me aflora,
O meu coração responde
Que envelheci só por fora.