DONA MORENA
Dormes o teu sono de descanso, dormes, que eu te velo
Onde, exibe-me tua morenice, no mínimo, impactante,
Sobre lençol branco escuro, de tão branco. E eu te espero,
Ao lado, admirando extasiado teu amorenado deslumbrante.
Que durmas bem, mas acordes ao amanhecer, simplesmente,
A mesma de sempre, linda e morena, a esposa envolvente
E, então me envolva, num enlace ou entrelace de amor,
Pois, na aurora, estarei bem aqui, inteiro, ao teu dispor.
Dona Morena de pele tropical, tu és meu amor
Não só de verão, mas da primavera e outono e inverno,
Que me fervilha do corpo a alma, que me provoca calor
E, enquanto a manhã não vem, ao teu lado, eu me aqueço
Pois meu sono foi evaporado por teu queimor deslocado,
És Dona Morena, dos dias ou noites, o meu sol bronzeado.