Desfia toda a calma como em tela,
Desfia toda a calma como em tela,
Numa pintura única, de agora:
Um poeta com cravo na lapela,
E procura uma rima que demora.
Estende a mão macia, une-as, ora!
Faz isso olhando firme sua janela.
É lá que espera estar o que melhora
Sua tristeza da ausência e, pincela
Versos soltos, traços descoloridos.
Sabe que a procura é sempre normal
E a palavra buscada é um líquido
Que tinge a tela limpa, angelical,
E, mostra que a palavra não é tola.
É viga pra uma enorme catedral.
Desfia toda a calma como em tela,
Numa pintura única, de agora:
Um poeta com cravo na lapela,
E procura uma rima que demora.
Estende a mão macia, une-as, ora!
Faz isso olhando firme sua janela.
É lá que espera estar o que melhora
Sua tristeza da ausência e, pincela
Versos soltos, traços descoloridos.
Sabe que a procura é sempre normal
E a palavra buscada é um líquido
Que tinge a tela limpa, angelical,
E, mostra que a palavra não é tola.
É viga pra uma enorme catedral.