Desfia toda a calma como em tela,


Desfia toda a calma como em tela,
Numa pintura única, de agora:
Um poeta com cravo na lapela,
E procura uma rima que demora.

Estende a mão macia, une-as, ora!
Faz isso olhando firme sua janela.
É lá que espera estar o que melhora
Sua tristeza da ausência e, pincela

Versos soltos, traços descoloridos.
Sabe que a procura é sempre normal
E a palavra buscada é um líquido

Que tinge a tela limpa, angelical,
E, mostra que a palavra não é tola.
É viga pra uma enorme catedral.


MVA
Enviado por MVA em 27/05/2013
Código do texto: T4311053
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