SONETO DA INTERROGAÇÃO.

Vi uma estrela apagada,em via fria,

Nas artérias coaguladas, estagnadas,

da Belo horizonte,a estrela não luzia,

sob o frio da noite,e vestes esfarrapadas.

Corpos, que tal progresso não atenderia,

olhavam a via cheia,de barriga vazia,

nesta tarde noite,como tantas outras,

vejo estrelas nas vias desprezadas.

Mas quantos reais pagam o progresso?

e a quem este progresso atendem?

eu não sei,não entendo juro e confesso.

Sobre as estrelas,meu sentido galopa,

e nestes versos que te surpreendem,

faz sentido tanto gasto por uma copa?

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 10/06/2013
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