O sonho é um refúgio em que o errante
Eterno amante da paz que procura
Sai da loucura por um breve instante
E, agonizante, sente nele a cura.

É um segundo de uma eternidade
Em que a verdade parece mentira
E se delira crendo a falsidade
De que a maldade perde e se retira

Por isso eu sonho e sempre hei de sonhar
Buscar no sonho o que não posso ter
E ser um sonhador alucinado

Pois que, sonhando, penso estar feliz
Traçando planos sobre um chão que fiz
Onde sonhar jamais será pecado!