( COROA DE 15 SONETOS )

SONETO Nº 1

OH, QUE DOCE PRINCESA DO DESEJO

Oh, que doce princesa do desejo;

Que assim todo me entrego com amor,

Com carinho gentil sem sequer dor,

Em terno, e delirante meu arpejo.

Quando cá nesta vida mais te vejo;

Fico louco em paixão deste valor

Em que para mim és sem ter favor,

Uma doce tentação em tanto beijo.

Sou sempre todo teu até morrer,

Desejo ser contente e teu eleito,

Que posso vir a bem te merecer.

Sei que tenho de corpo o tal meu jeito,

Mas jamais a vontade em te perder,

És meu sonho de amor assim perfeito.

SONETO Nº 2

ÉS MEU SONHO DE AMOR ASSIM PERFEITO

És meu sonho de amor assim perfeito;

Que na vida desejo certamente,

No paraíso assim alegremente,

Que procuro fazer tudo direito.

Sonho permanecer nesse teu peito;

Preciso do teu céu eternamente,

Como quem busca tão perdidamente,

Ficar no calor, corpo que me deito.

Quero-te tanto minha doce amada;

Da matéria que sou assim desfeito,

Mas verdade serás a conquistada.

Anseio estar de tal modo num leito,

Que aquece duro génio nesta estrada,

Amo tua ternura desse jeito.

SONETO Nº 3

AMO TUA TERNURA DESSE JEITO

Amo tua ternura desse jeito;

Minha fada de amor que não desisto,

Que só no sentimento tal que existo,

Mesmo a não ser um homem tão perfeito.

Sempre revejo meu próprio conceito;

Das coisas que a bem tanto já persisto,

E mesmo tudo aquilo de que assisto,

Levo luta no tempo que me aceito.

Faço o que estiver sempre em meu alcance,

Dum fogo em astro que tanto flamejo,

Como música de que mais a dance.

Meu amor verdadeiro que sobejo;

De quão nunca no corpo o que me canse

Que tens o teu suave e terno beijo.

SONETO Nº 4

QUE TENS O TEU SUAVE E TERNO BEIJO

Que tens o teu suave e terno beijo;

De tanto já preciso nesta vida,

Que a levo de cá tão mesmo perdida,

Cada vez que assim mais bela te vejo.

Como de cintilante fogo pejo;

Que outrora conhecia a vil sofrida

Glória de amar paixão bem merecida,

Quão era de tamanho o meu desejo.

Meu coração demais vem procurar,

Pela tua verdade sem ensejo

De amor tão maior que o imenso mar.

No tempo de que venha em rio Tejo;

Que as lembranças estão a derramar,

Fico tão louco em olhos que te vejo.

SONETO Nº 5

FICO TÃO LOUCO EM OLHOS QUE TE VEJO

Fico tão louco em olhos que te vejo;

De teu doce perfume sedutor,

Que trás todo o gentil, de teu amor

De que faz um ardente meu desejo.

Da chama de que mais a bem flamejo;

Trago alegria para dar valor,

Mesmo na tempestade sem favor,

Peço-te sempre o teu melhor beijo.

No destino que Deus me deu em sorte;

Procuro vir a ser sempre perfeito,

Nos dias até que venha a tal morte

Sou humilde que tudo assim aceito;

Mesmo que seja duro e grande porte,

Que vontade em sentir o gentil peito.

SONETO Nº 6

QUE VONTADE EM SENTIR O GENTIL PEITO

Que vontade em sentir o gentil peito;

Bem perto de teu lindo coração,

Quão amo mesmo de tanta paixão,

E me põe louco sem ficar direito.

Mas já levo suave gosto e jeito;

Que me deixa sentir toda emoção

Atroz do sentimento em sensação,

De que não sou ou sou assim perfeito.

Vem para mim gentil e minha dama;

Diz-me que o meu maior de tal conceito,

Numa voz que a bem sempre mais reclama...

Por tudo o que não possa ter defeito;

Porém mais de mim tanto amor já clama

Do teu corpo, que assim me deixa feito.

SONETO Nº 7

DO TEU CORPO, QUE ASSIM ME DEIXA FEITO

Do teu corpo, que assim me deixa feito

De mais felicidade que assim sinto,

Que da minha boca já não minto,

Mesmo que tenha meu ser imperfeito.

Jogo limpo, nas cartas sou direito;

Rumo a sentir amor por meu instinto,

E já mesmo na vida que te pinto,

Tudo de resto tenho assim desfeito.

És meu mar, com as ondas navegantes,

Que de longe mais te levo e te vejo,

Em momentos de amor tão delirantes.

Não sossego fugaz de meu desejo,

Que está por dentro como nos amantes,

De tesão, de amor, fogo que flamejo.

SONETO Nº 8

DE TESÃO, DE AMOR, FOGO QUE FLAMEJO

De tesão, de amor, fogo que flamejo;

Na cintura apertada que mereço,

Mesmo não tendo qual meu justo preço,

Que carrego de amor em duro pejo.

Nos meus olhos que assim mais eu te vejo;

E na sorte tamanha que padeço,

Entre caminhos faço de endereço,

Na direcção que não mais eu te beijo.

Mas pode até chover e cair neve;

De que jamais desisto e que levanto,

Sempre a cabeça mesmo de tal breve...

Memória que mais chego e tanto canto;

Para a tal minha amada que me deve

Minha entrega total em teu encanto.

SONETO Nº 9

MINHA ENTREGA TOTAL EM TEU ENCANTO

Minha entrega total em teu encanto;

Oh, que sorte mais levo a ter surpresa,

Duma chama que está demais acesa,

No esquecido e triste de meu pranto.

Num amor que se espalha tanto o manto;

Que nas horas difíceis, cama e mesa,

Da vontade tão minha portuguesa,

De imenso amor nem sabes mesmo o quanto!

Posso te garantir que vivo amor;

E mesmo de ter fé, que se acredita,

Num puro sentimento sem ter dor.

Na palavra que já vem atrás dita;

Do quanto quero o teu doce sabor,

És tão irresistível e bonita!

SONETO Nº 10

ÉS TÃO IRRESISTÍVEL E BONITA

És tão irresistível e bonita,

Que posso ser feliz e assim brilhar,

Como somente te sei tanto amar,

Quão esperança amor meu deposita.

És minha eterna e tão doce conquista;

Num azul infinito que neste mar

De emoções de que vão a navegar,

Sobre os tempos que levam minha vista.

Sobretudo o carinho que mais te dou,

Desta linda memória que levanto,

Assim como Deus tanto nos amou.

Seca-se alguma triste gota em pranto;

Quão já vai no passado que levou,

Que até morro em paixão de que te canto.

SONETO Nº 11

QUE ATÉ MORRO EM PAIXÃO DE QUE TE CANTO

Que até morro em paixão de que te canto;

Na fulgurante vida que carrego,

E só por ti, que sempre mais me entrego,

Porque já não resisto ao teu encanto.

Por mais que passe tempo de que quanto

Amor liberto sem que no meu ego,

Tenha mágoa cuspida como prego

Em farpa de disfarce no meu pranto.

Mas amor, de paixão de minha vida;

Mesmo que sofra, chore de bonita,

Demonstração de amor pela ferida,

És sempre a tal razão que já foi dita,

Num sentimento grande sem medida,

Quão o meu coração que te acredita.

SONETO Nº 12

QUÃO O MEU CORAÇÃO QUE TE ACREDITA

Quão o meu coração que te acredita;

No sonho que mais guardo em ser sublime,

Nos meus versos que tanto assim exprime,

Destas leves palavras em escrita.

Entre meus campos que se deposita;

Um sentir como do sol que se prime,

E mesmo desta rima que mais rime,

Ao sabor tão fraterno de visita.

Meu amor, horas vagas, desatino;

Apaixonante e mesmo de audaz canto,

Pelo tempo mais levo mais ensino.

Mas vou a caminhar, e por enquanto;

Faço de corajoso meu destino,

Sem choro, nem tristeza, só levanto.

SONETO Nº 13

SEM CHORO, NEM TRISTEZA, SÓ LEVANTO

Sem choro, nem tristeza, só levanto;

Amor do coração que mais carrego,

Só por te amar assim sem ter sossego,

Porque grito por ti neste meu canto.

O sangue ferve neste mesmo encanto;

Devido que amor tenho e me entrego

Nos teus braços, e corpo que me esfrego,

Que momento em paixão que sonho tanto.

Amor que já contente levo a vida,

Sem o drama e comédia pra ser dita,

Só mesmo amor maior sem ter medida.

Um dia que te vires tão aflita

Grita por mim! Estou sem ter ferida,

A esperança de amor maior na escrita.

SONETO Nº 14

A ESPERANÇA DE AMOR MAIOR NA ESCRITA

A esperança de amor maior na escrita;

Que sinto deste nobre e certo amor,

Duma cantiga para minha flor!

Amo-te mesmo tanto! Que bonita!

Minha jovem promessa que foi dita;

Por amor demais sem ter melhor

Controlo, em sentimento com valor

Da eternidade que se deposita.

Que Deus sempre me ajude neste mundo;

A encontrar o sabor desse teu beijo,

De que me faz vibrar todo o segundo.

Amor vem para mim, que já te vejo,

E sinto imenso amor mesmo profundo,

Oh, que doce princesa do desejo!

SONETO Nº 15 (SÍNTESE)

OH, QUE DOCE PRINCESA DO DESEJO

Oh, que doce princesa do desejo;

És meu sonho de amor assim perfeito,

Amo tua ternura desse jeito,

Que tens o teu suave e terno beijo.

Fico tão louco em olhos que te vejo;

Que vontade em sentir o gentil peito

Do teu corpo, que assim me deixa feito

De tesão, de amor, fogo que flamejo.

Minha entrega total em teu encanto;

És tão irresistível e bonita,

Que até morro em paixão de que te canto.

Quão o meu coração que te acredita;

Sem choro, nem tristeza, só levanto

A esperança de amor maior na escrita.

AUTOR: ANGELO AUGUSTO

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 16/06/2013
Reeditado em 16/06/2013
Código do texto: T4343750
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