Lírica divina da alma de quem ama
sombria réstia do meu pensamento
a deixar-me dúvida no momento
quando será que apagará a chama

Sei que o amor seduz numa agonia
O que a vida é uma coisa sem noção
linhas tão desiguais das minhas mãos
Eu por certo nasci num errado dia

E vejo amor batendo em minha porta
Que se  abre em delirios de paixão
E depois foge pelas minhas mãos

Eu nem sei como cruzei esta agonia
feita sonhos passados doutro além
 dos sonhos sonhados de ninguém