Amargura no Amor
Não vim dominar o cadáver desta singela
Encerrado na volúpia dos pecados a vazar
Em tuas melenas ao vento só dela
No crônico tédio num beijo a estravazar.
Busco teu carinho na alcova seva sem meios
Planando sob ignorada festa de vis absortos
Podendo gozar após muitos enleios
Na soberba eterna no sangue dos mortos.
Devassidão a inquietar a minha alma
Numa marca indelével que nunca se acalma
No teu seio belo de pedra alva completa.
Coração das trevas prolixas com calma
Lívido como um morto que o fim incompleta
No medo de viver neste inferno que afeta.