Amargura no Amor

Não vim dominar o cadáver desta singela

Encerrado na volúpia dos pecados a vazar

Em tuas melenas ao vento só dela

No crônico tédio num beijo a estravazar.

Busco teu carinho na alcova seva sem meios

Planando sob ignorada festa de vis absortos

Podendo gozar após muitos enleios

Na soberba eterna no sangue dos mortos.

Devassidão a inquietar a minha alma

Numa marca indelével que nunca se acalma

No teu seio belo de pedra alva completa.

Coração das trevas prolixas com calma

Lívido como um morto que o fim incompleta

No medo de viver neste inferno que afeta.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 04/04/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T437108
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