Pecados Meus Que Não Confessei

Pecados meus que não confessei,

forçado fui eu a cometer-vos tanto;

agora vos deixo à este relento,

cansado estou do tanto que pequei.

Vos que pelos desejos me ofertei,

desejo da carne que pago no pranto;

não mais quero este pecado manto,

despi-vos porque má fama ganhei.

Alma minha que antes era santa,

poluiram-a seduzindo meus olhos;

mostrando-lhe os teus feitiços.

Nem que chouva água benta,

condenado estou e colho-os;

voltar, quero tanto aos começos.

António Vicente Aposiopese

07/13

António Vicente
Enviado por António Vicente em 06/07/2013
Código do texto: T4374308
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