VIDA EM ARTE

Brincando em verso, espalha ao mundo bom

pincéis e guaches, doces, sol, sorvetes

e oferta amenos, beijo em ramalhetes

a derramar leveza em todo tom.

Chorando em verso, abranda amarga dor,

porque em poesia até canhões são belos;

o pranto e o alento enlaçam-se, dois elos,

enquanto a rima adula algum rigor.

Sonhando em verso, pinta o pensamento,

derrete o bruto em suave sentimento,

o acolhe e guarda impávido, baluarte.

Estando verso, inventa o inexistente

acende-se o condão reflorescente

da realidade à luz de vida em arte.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 09/07/2013
Reeditado em 09/07/2013
Código do texto: T4378907
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