FULGORES E AQUARELAS

Então me entranço nessas cores fulgurantes...

Amanhecendo em teus matizes, eu poesio

meus versos ávidos nas rimas consoantes

de tua vida que saltita no meu brio.

Depois despejo meus azuis em teu vermelho

e nestes roxos de uvas fluidas, faço o vinho

para brindar o ser, da essência tua, espelho.

Sim, teus desejos e os anseios, adivinho.

E na loucura de avivar-me às telas tuas,

eu até roubo, de outros céus, diversas luas

para solvê-las no brilhar de teus sentidos.

E sobre ti, eu chovo azul em aquarelas

e verdejando em tuas rosas amarelas,

cultivo nossos campos vastos, coloridos.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 10/07/2013
Código do texto: T4380153
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