Soneto Ainda Mais ao Fim

Mas e da minha alma, Deus, que faço agora,

se mais e mais eu sou um louco isolado,

se toda esperança é um sonho acabado,

se nem um olho pelo Cosmos chora?

Pois de ocultar-me vem chegando a hora:

tão-somente um coração massacrado

é o que trago caminhando ao meu lado,

é o que te deixo... Sim, devo ir embora.

Arrebentei as cordas do meu violino

na tentativa de elevar-te além,

na luta insana contra o Gran Destino.

Voto agora ao homem um total desdém

e uma carta a um corvo em febre eu assino

na Noite quieta que matar-nos vem...

Alessandro Reiffer
Enviado por Alessandro Reiffer em 05/04/2007
Código do texto: T438160