TARÂNTULAS

Tarântulas do medo entrançam pernas

peludas fartas farpas repulsivas

nas pernas de necroses muito internas

das ânsias da verdade em mim cativas.

E as pernas destas ânsias presas vernas

esmagam-se entre as pernas tantas vivas

e negras mais que noites de cavernas,

as pernas das tarântulas nocivas.

Tarântulas medonhas vêm me estranham

e medram seus intuitos ardilosos

com pernas crespas ásperas que entranham.

E em ríspidos temores pegajosos,

esganam meus resquícios e me arranham

os últimos metais esperançosos.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 12/07/2013
Reeditado em 13/07/2013
Código do texto: T4383639
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