A minha desgraça
 
O mais alto entre os abutres! Vão
De amor e ódio, descontente...
Sem luz, sem nada... ao sol poente
Flamejando em mágoas o coração...
 
O mais alto! Um fantasma ao chão
Rastejando em labirintos, dolente
Ao seu orgulho, e, unicamente
Qual um blasfemado sem paixão...
 
Um mar morto, uma estrela caída...
O mais vil, de aflição, sem lida,
No vozear de mais um são-pecador!
 
Sem vigor, e desgraçado, e triste...
D’olhos fechados, que à dor persiste,
No amar sem vida o próprio amor!
 
(Poeta Dolandmay)




Dolandmay Walter
Enviado por Dolandmay Walter em 17/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
Código do texto: T4390801
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