HOMEM OBJETO.

Quando a língua bailando em teu corpo desce

descobrindo os cantinhos quentes, e secretos,

teu desejo fervente se arrebata, e cresce,

e golpeias-me a boca com febris trajetos.

O anseio com furor atrevido floresce,

e fazes do meu rosto somente um objeto

que só serve ao prazer que te envolve, enlouqueces

demonstrando em lascivos lábios teus afetos.

A música ofegante em potentes segundos

desbrava a minha carne, rasga meus instintos,

me acorrenta aos mistérios de orgasmos profundos.

Assim os meus pudores mando para os quintos,

me entrego totalmente ao teu úmido mundo,

para prostituir-me entre teus labirintos.