Soneto do poeta triste

Sem a doce inspiração

E a lembrança de outrora,

Assim, o poeta chora,

E não escreve a canção.

Sem encontrar solução

Nos versos que escreve agora,

Assim o poeta chora,

Sem rimas, sem preposição.

Se alguém perceber o mérito

Da arte que lhe faz rimar,

Acaba o rude demérito.

E ele só pensa em cantar.

Surgem perfeitos pretéritos

E ele pára de chorar.

Valério Márcio
Enviado por Valério Márcio em 07/04/2007
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