Jamais saberás!

O broto que acorda a primavera,

Sorrir em mim os mais íntimos alvores.

Fruir na relva límpida quimera,

Vida e amor, como se fossem flores!

Ao me veres tão alva, transfigurada

Como a pétala de um jasmim com dor.

Ser o sonho no teu - a aterna amada -

Renunciar num murmurar padecedor.

Viver no grito do último suspiro

O acorde pulmonar que em ti respiro

Entregue à morte, à vida declinar...

No medo de um silêncio frio, intruso

Que te apraze o lugar de meu verdugo

Ser o morrer de não poder te amar.

Canoas, 05 de abril de 2007/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 07/04/2007
Reeditado em 10/04/2009
Código do texto: T441094
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.