UM SONETO DE AMOR
Odir Milanez


Final de um dia apático, sem graça
desde o começo, quando, sonolento,
o sol fez alvorada de luz baça,
temendo a fortidão fria do vento.

 
A minha alma de adeus se põe à caça,
enquanto eu caço, em cada pensamento,
um soneto de amor que não me faça
sentir do dia o mesmo desalento.

Vou formando palavras e prossigo,
 poeta a me pensar, louvando alguém
que desencante o triste que há comigo.

No primo verso, a dúvida me vem:
Se a quem eu amo o meu amor não digo,
um soneto de amor fazer pra quem?

JPessoa/PB

09.08.2013
oklima

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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor...



 
oklima
Enviado por oklima em 09/08/2013
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