“Só a poesia possui as coisas vivas. O resto é necropsia.”
Mario Quintana
Exéquias da poesia viva
Eis os restos mortais da minha história:
os bens materiais que amealhei,
que me fazem sentir qual fosse um rei
a construir castelos na memória.
Eis que o ponto final da trajetória,
cada dia mais perto e mais sentido,
geme mais forte e vivo em meu ouvido
como se desse a mão à palmatória.
Tudo que fiz na vida foi em vão!
Resta saldar a última prestação
da eterna hipoteca, ao criador.
E se puder levar algo comigo
levo o mais forte abraço de um amigo
e um poema escrito em seu louvor.
Mario Quintana
Exéquias da poesia viva
Eis os restos mortais da minha história:
os bens materiais que amealhei,
que me fazem sentir qual fosse um rei
a construir castelos na memória.
Eis que o ponto final da trajetória,
cada dia mais perto e mais sentido,
geme mais forte e vivo em meu ouvido
como se desse a mão à palmatória.
Tudo que fiz na vida foi em vão!
Resta saldar a última prestação
da eterna hipoteca, ao criador.
E se puder levar algo comigo
levo o mais forte abraço de um amigo
e um poema escrito em seu louvor.