Ao Poeta e a Deus

Se não é norma do denso aforismo,

Ser fantasioso na análise da veracidade,

Em vez da lucidez crer na escuridade,

Se um venturoso jovem cair no abismo.

É regra ainda, embora cru o sadismo,

Procurar continuamente a claridade,

Neste mar de ódio e tanta maldade

Vai já mostrando intenso realismo.

O que há em tanta tramóia do tirano

Na ocasião não acredita no caso de amor

E caça a desatinada paixão no engano.

Só o homem pode defender este dano

Almejamos a luz numa morte sem rancor

Seja no inferno de degredo ao empíreo tino.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 09/04/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T443572
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