O Defunto Hílare

Na praça da lenta morte que serpenteia,

Quero escavar um fenda bem densa,

De onde o domínio dos ossos no jazigo ceia

Com os vermes decrépitos em cova extensa.

Odeio o tormento na campa golpeia

E implora uma gota do pranto na sentença

Na morte os corvos tem o corpo como ceia

Os andrajos imundos cobrem a recompensa.

Os vermes nesta terra roxa do cemitério

Que me toca o cadáver vil e consumido

Gênios da sânie, intrépido e tão temido.

Maldito ser que morre sem estudar o mistério

Sofrendo depois as penas de infeliz critério

Nesta carcaça sem espectro destemido.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 10/04/2007
Reeditado em 29/09/2008
Código do texto: T444454
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