Página virada
Página virada
Tu és, linda, a cravelha prateada
do velho pinho dentro do meu peito.
A afinação foi fruto do teu jeito,
do teu olhar, mulher idolatrada.
Cantando eu sigo, em noite enluarada...
És a canção que eu canto satisfeito,
a inspiração, o verso mais perfeito,
mesmo sendo a saudade a minha estrada.
És a renúncia, o que ficou no cais,
a página virada que eu jamais,
no mundo, em minhas mãos, poderei ter.
Talvez, por um capricho do destino,
ou quem sabe, um presente do Divino,
na eternidade eu possa merecer?
Gilson Faustino Maia