ALÉM DA DOR
Muito além de mim; há dor e dor que refugio,
Mesmo ao exalar o hálito morno sob arrepio;
Infinidades de mim são evaporados a ermo...
Sinto-me eterizado ao léu neste inferno!
Oh Noite incauta qu' me visita, e repudio!
Terei que transmutar o medo ao sentir frio?
Vejo-me labirinto; no breu, só, c'mo estafermo,
Porém, saberei Colibri a dor que hiberno?!
Haveria razões para sair deste caos? Digo:
Haveria metáforas além de mim? Persigo.
Num lugar (in)comum ao qual me entrego...
nos braços duma Senhora qu' em fogo me visita,
a possuir-me alucinadamente inupta e hirta;
Incinerando-me em mil sóis; por detrás da Porta.