Ser... Sede vós

Pela janela abriu-se despertado

Alheio à noite, às nuvens escondidas

Em meio ao jade fez-se deslumbrado

De quanta luz fizera tantas vidas

Que bastarão ao gosto inusitado

De certas chamas que ardem tão queridas

E sob olhares, pó que é segredado

Como se as mentes fossem confundidas

Mas por que paira então tal incerteza

Por que mistério oscila o olhar supremo

Se quando os olhos fecham-se em mudeza

O céu, o tempo, que é infinito extremo

É onde haverá decerto a pira acesa

Da introdução ao um mundo tão ingênuo

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 11/04/2007
Código do texto: T445759
Classificação de conteúdo: seguro