A paz

Venha por caminhos não trilhados,

venha como chuva num deserto.

Venha como sonhos não ousados.

Venha como o errado ou como o certo.

Importa ao homem, que a paz procura,

que ela venha como o trigo ou como o leite.

Que se doe, isenta de amargura

a um suor que o seu espelho aceite.

Que tenha a cor da primavera,

a percepção de uma espera,

a sabedoria da temperança.

Que seja a luz dos olhos de um amigo,

seus braços cúmplices como abrigo

à lágrima de cai de uma lembrança.

(Direitos autorais reservados. Da série "Ventos e Cantos", Rio de Janeiro, 1994)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 11/04/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T446091
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