HUMANIDADE 8 (ENTERRO DAS VIRTUDES)

A ver, na própria vida, uma adversária,

a humanidade aflita, só, perdida,

submissa, se pretende autoritária,

à falsa liberdade submetida.

Encantos tantos há, é bem verdade;

criancinhas, passarinhos e poesia

e sentimentos flor, amor, bondade,

a realidade entregue à fantasia.

Mas a insatisfação constante, inata

permeia pensamento de aura ingrata,

no tempo, cores tornam-se tons rudes.

E nesta sociedade que se assanha

na cega intolerância tão tacanha,

a humanidade enterra dons, virtudes.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 03/09/2013
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